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Lucian Grainge’s Universal Music Group deverá mudar de mãos este ano, uma vez que a sua empresa-mãe, a empresa de media francesa Vivendi, se prepara para vender até 50% do seu braço musical. Não será uma compra barata: Na segunda-feira, o Deutsche Bank disse num relatório que acredita que a UMG vale 29 bilhões de euros (33,25 bilhões de dólares) – um preço que tornaria a empresa mais valiosa do que os 28 bilhões de euros da própria Vivendi.

A venda parcial iminente da UMG – o maior negócio da indústria fonográfica nos últimos anos – deverá fechar antes do final de 2019, de acordo com os últimos planos da Vivendi do ano passado. A nova avaliação do Deutsche Bank de 33,25 bilhões de dólares para a UMG, que é um aumento significativo em relação aos 22,9 bilhões de dólares que o gigante financeiro tinha anteriormente atribuído à empresa musical, estaria em linha com o que a própria Vivendi espera. “A avaliação da Spotify é interessante”, disse o CEO da Vivendi, Arnaud de Puyfontaine, em uma chamada de lucros em maio de 2018, pouco depois que a Spotify fez a sua estreia na Bolsa de Nova York com um limite de mercado de cerca de 29 bilhões de dólares. “Acreditamos que a valorização da UMG está acima disso”

Vivendi sugeriu no passado que a UMG poderia valer até $40 bilhões (um valor visto com algum ceticismo entre os analistas de música, mas não totalmente impossível). A empresa divulgou fortes trimestres de 2018 e seus resultados completos do ano, que serão fundamentais para determinar o seu valor final para a venda parcial, será lançado em 14 de fevereiro de 2019.

As para os pretendentes que possuem tanto o interesse como a profundidade dos bolsos para tal compra: O Deutsche Bank cita o gigante da mídia chinesa Tencent, que lançou seu braço musical no mercado americano no ano passado, assim como Alibaba, Alphabet/Google, Facebook, Spotify, Amazon e Apple como partes interessadas. A Liberty Media, proprietária do SiriusXM e de um terço da Live Nation, também está sendo considerada como uma provável festa para jogar seu chapéu no ringue. O CEO da Liberty, Creg Maffei, disse em novembro, na reunião anual de investidores de sua empresa, que “absolutamente” olhará para a UMG “se apresentada” a oportunidade. “Será que faz algum sentido, possuir uma parte da infra-estrutura de conteúdo como uma forma de se proteger? Absolutamente”, enfatizou Maffei.

UMG é atualmente o lar de grandes rótulos como Interscope, Capitol, Republic, Island e Def Jam, dando-lhe uma lista que inclui os nomes de Drake, Taylor Swift, Ariana Grande, The Beatles, Guns N’ Roses, Jay-Z, U2, Queen e Pink Floyd. É a forte atuação dessa formação no consumo de música neste último ano – seja através de números de streaming, vendas, mercadorias ou outras fontes – que levou o Deutsche Bank a atualizar sua valorização e a declarar que agora há “margem de valorização para surpreender ao lado positivo” no segundo semestre de 2019.