É errado rezar orações escritas?
Em geral, não há nada de errado em rezar orações escritas. As orações escritas podem ser úteis de várias maneiras – desde acalmar os nervos antes de rezar publicamente até dar-nos um exemplo de como rezar. Alguns acham que escrever suas orações diárias é uma maneira útil de se expressar plenamente e manter um registro da fidelidade de Deus às orações passadas. Embora haja benefícios nas orações escritas, há também algumas precauções a considerar.
Ao orar publicamente em um ambiente mais formal, como um serviço, evento ou dedicação, alguns acham útil escrever suas orações de antemão. Passar tempo para realmente considerar o que você está dizendo a Deus para Sua glória e a edificação dos outros nunca é uma coisa ruim. Escrever a oração antes de orar pode ajudar a garantir que você ore o que pretende, e também pode ajudar a eliminar pausas ou palavras incômodas que poderiam distrair os outros orando com você.
Desde que a oração seja biblicamente correta e a pessoa orando realmente significa isso, também não é errado rezar uma oração que outra pessoa tenha escrito. Por exemplo, há muitas devoções que incluem orações escritas para ajudá-lo a responder ao que você aprendeu sobre. Também temos registros de orações escritas por cristãos que viveram no passado. Tais orações escritas podem servir como guias úteis no aprendizado e aplicação da Palavra de Deus.
A Bíblia tem exemplos de orações escritas. Estes demonstram que escrever as orações não é errado; eles também servem como guias em como nós oramos. Como a Escritura reconhece, “não sabemos pelo que orar como devemos” (Romanos 8:26). Os Salmos são úteis enquanto navegamos por emoções muito profundas de dor ou alegria, eles nos ajudam a saber como expressar essas coisas a Deus, e como voltar nossos corações para a verdade no meio da nossa própria confusão. O Salmo 51 ajuda a orar para arrepender-se do pecado em sua vida, os Salmos 42 e 73 são orações úteis quando você está deprimido ou desanimado na fé, o Salmo 34 é uma oração de louvor ao Senhor. As epístolas do Novo Testamento têm múltiplos exemplos do que orar pelos companheiros crentes, outros e por nós mesmos (Efésios 1:15-23; 3:14-21; Filipenses 1:3-11; Colossenses 1:9-14; 1 Tessalonicenses 3:9-13; 2 Tessalonicenses 1:3; 1 Timóteo 2:1-4).
Liquamente a oração escrita mais famosa foi-nos dada pelo próprio Jesus. Ele disse: “Orai, pois, assim: “Pai nosso no céu, santificado seja o teu nome”. Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal” (Mateus 6:9-13). Isto é conhecido como a Oração do Senhor. Jesus deu aos Seus discípulos um modelo a seguir. Seu exemplo começa com reverenciar a Deus e reconhecer que Ele e Sua vontade são maiores do que nós. Ele nos ensina a importância de pedir a Deus para satisfazer nossas necessidades diárias e a importância do perdão. Sem esta oração escrita para nos guiar, poderíamos colocar muitas coisas fora de ordem em nossas orações a Deus.
Embora com a advertência de que qualquer oração escrita seja biblicamente correta, a advertência de que orar uma oração escrita é de pouco valor se ela não vier do coração. As mesmas duas advertências aplicam-se igualmente às nossas orações silenciosas ou faladas. Mesmo antes de Jesus dar um modelo para a oração, Ele disse: “E quando orares, não amontoes frases vazias como os gentios fazem, pois eles pensam que serão ouvidos por suas muitas palavras. Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe o que necessitais antes de lhe pedirdes” (Mateus 6:7-8). A oração não é uma forma de encantamento onde Deus só nos ouve se repetirmos a fórmula certa. Também não se destina a ser roto e sem sentido. Deus está mais interessado em nossos corações do que em nossas palavras atuais. Ao orarmos, devemos ter cuidado para nos comunicarmos verdadeiramente com Deus, não apenas recitando palavras.
O propósito da oração é ter um relacionamento com o nosso Criador. Isto significa que devemos nos aproximar dEle com admiração e respeito, mas também entender que Ele quer nos conhecer intimamente. É-nos concedido o privilégio da oração através de Jesus Cristo. É pelo Seu trabalho na cruz que podemos ter acesso a Deus, pela Sua graça e recebido através da fé (Hebreus 4:14-16; 10:19-23; Efésios 2:8-10). Quer orando verbalmente, em pensamento, ou por escrito, e quer orando nossas próprias palavras ou aquelas escritas por outra pessoa, devemos nos lembrar a quem estamos orando. Devemos orar com honestidade, com o coração genuinamente voltado para Deus.
Orações escritas podem ser úteis de várias maneiras. Mas as orações escritas não devem ser nosso único meio de orar a Deus, porque nunca teremos um relacionamento íntimo com Ele através de um roteiro. Se estamos repetindo o “Pai Nosso”, ou nossa própria oração repetitiva, que oramos mais como um reflexo do que qualquer outra coisa, uma oração sem o nosso coração e nossa honestidade por trás dela não vale muito de nada. Por que esconder ou brisa sobre o que você está realmente pensando e sentindo? Ele já sabe. Se uma oração escrita o ajuda a se comunicar melhor com Deus, então use-a. Acima de tudo, ore a Deus honesta e continuamente (1 Tessalonicenses 5:17).
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